Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/06/2003 - 05h12

Pimenta é usada até na sobremesa

Do enviado especial da Folha de S.Paulo ao México

"Pica?" A pergunta pode soar infame, levando-se em conta que o assunto é comida. Mas no México ela é apropriada antes de se provar o que seja: entrada, prato principal, suco ou até mesmo a sobremesa. "Picar", no linguajar local, é arder. E para um brasileiro médio (baiano, que seja), a comida mexicana "pica", sim.

O básico é entender um detalhe simples. No México, comida é pimenta com alguma coisa. Basta dizer que há chocolates com chile. Um passeio pela feira mapeia o território. De A a Z, há pimentas devastadoras ("árbol"), suportáveis ("puya") e de efeito moral ("guajillo"). Como a variedade é imensa ("mulato negro", "ancho rojo", "pasillo negro"), o turista deve perguntar: "pica o no pica?".

Dito isso, é justo reconhecer que existem acepipes picantes deliciosos. Nem as populares tortillas escapam. Recheadas com queijo e flor de "calabaza" (abóbora) ou com carne de "cerdo" (porco) ou de "pollo" (frango), elas são atração nas ruas e nos hotéis --acompanhadas, quase sempre, de duas opções de molho.

A cidade é farta em alternativas. Além da cozinha mexicana, é possível encontrar comida italiana, oriental e até brasileira (caso do restaurante Amazônia). Há ótimos restaurantes e bares, nas ruas ou na rede hoteleira de alto padrão (em quatro estrelas como o Alameda Colonial; www.hotelalameda.com.mx; cinco, como o Virrey de Mendoza; www.hotelmex.com/hotelvirrey; ou os da categoria especial, como Los Juaninos; www.hoteljuaninos.com.mx; e Villa Montaña; www.villamontana.com.mx).

Entre os restaurantes, chama atenção o Casa de la Calzada (www.casadelacalzada.com), um charmoso casarão num dos calçadões de pedra perto do aqueduto.

A cozinha é contemporânea. Serve peixes, carnes, pasta em pratos coloridos e... picantes. Na seção de caldos, uma iguaria típica: a sopa tarasca, de "frijol" (ou, trocando em grãozinhos, feijão).

O San Miguelito (00/xx/52/443/324-4411) vale ser conhecido pela decoração. Há, à entrada, uma pracinha de touros; ao fundo, o clima é de antiquário, com cacarecos à venda e imagens do casamenteiro santo Antônio --a maior delas, pendendo invertida no teto, como recomendam as simpatias. É parte do ritual deixar um marido encomendado no livro de pedidos. Com um grupo de "mariachis" para a serenata na saída, como fazem os casadoiros mexicanos, o plano seria quase infalível: "Cucurucucuuu, paloma!"

Leia mais:
  • Michoacán expressa alma do México
  • Pacotes para Michoacán
  • Aqueduto em Morelia é obra da igreja
  • Cidade "sem maridos" quer esposar turismo
  • Gordinhos são bem-vindos em resort na península de Yucatán
  • Tzintzuntzan não sucumbiu ao domínio asteca
  • Borboletas migram até parques de Michoacán
  • Lava de "jovem" vulcão emoldura o altar

    Especial
  • Veja galeria de fotos do México
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade