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08/09/2003 - 02h36

Golfe ainda é para elite, diz arquiteto

MARGARETH MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo

Considerado o melhor construtor de campos de golfe no Brasil, o americano Dan Blankenship, 42, mora há nove anos no país e aqui projetou oito circuitos, dentre os quais os de Comandatuba, no hotel Transamérica, e o de Trancoso, também na Bahia, que será inaugurado no ano que vem. Golfista desde os sete anos, Dan, como é conhecido, diz que é preciso ter mais espaço público para que o golfe cresça no Brasil.

Folha - Como saber se o campo é bom? Qual a área necessária?

Dan Blankenship -
Campo bom tem que ter variedade. Lago, banco de areia, diferentes elevações. Um campo de golfe de 18 buracos com "driving range" para treinar precisa de cerca de 600 mil metros quadrados. Tem campos de nove buracos, o meio-campo, mas não dá para ter uma competição, porque é preciso ter 18 buracos.

Folha - Existe diferença entre os campos?

Blankenship -
Todo campo é diferente. O campo de Comandatuba é em frente do mar, tem plantação de coqueiros, totalmente diferente de um projeto em Curitiba. Um campo do lado do mar é sempre interessante. O projeto em Trancoso é do lado da falésia, 50 m acima do mar, com vista espetacular, mas dá para criar campo bonito em qualquer lugar.

Folha - Quanto custa para manter um campo e para construí-lo?

Blankenship -
A manutenção de um campo de 18 buracos, com nível internacional de manutenção, custa mais ou menos US$ 1.000 por buraco. Dá cerca de US$ 20 mil por mês. Para construir um campo de 18 buracos, depende da área, do desejo do cliente. O campo bem-feito, com máquinas, manutenção certa, vai de US$ 2,5 milhões a US$ 3,5 milhões.

Folha - Há grama especial?

Blankenship -
Usamos grama bermuda híbrida, importada originalmente dos EUA, da Geórgia. É uma grama perfeita para esse clima. Cresce bem fechada, bem bonita. É boa para o jogo. Essa grama é boa em países de clima quente. No Japão, não dá para usar, porque eles têm uma época de muito frio, com neve. Tem dois tipo de grama, para climas frio e quente. No Brasil, usamos só um tipo de grama.

Folha - Há possibilidade de mais pessoas jogarem golfe no Brasil?

Blankenship -
Neste momento é só para elite, mas, com o tempo, isso deve mudar. Nos EUA, temos quase 30 milhões de golfistas, porque tem uma classe média enorme. Há muitos campos públicos. O Brasil tem pouco mais de 80 campos de golfe, todos particulares. É caro. Com o tempo, vamos criar campos públicos, mais "ranges" [áreas para treino] para mais pessoas poderem jogar.

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