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08/09/2003
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02h39
enviado especial à Bahia e ao Paraná
Líder do ranking brasileiro profissional, o gaúcho Rafael Barcellos, 32, tem uma visão do golfe no país própria de quem vive do esporte desde que se profissionalizou, em 1992. "O mercado interno ainda está parado."
Há três anos, cansado de ver a conta zerar no fim do mês --o que ganhava nos torneios gastava para jogar--, aceitou o convite de um clube de São Paulo, deixou o Sul e veio dar aulas. "Foi a única maneira de alcançar a independência financeira."
Alguns dias após vencer a segunda etapa consecutiva do circuito brasileiro --ele ganhou em julho seu primeiro título como profissional, após ser vice-campeão 15 vezes--, Barcellos conversou com a Folha enquanto ensinava crianças em um evento no clube.
Folha - Você disputa os principais torneios do país desde o fim dos anos 80. Acha que a modalidade mudou muito desde então?
Rafael Barcellos - A situação é quase a mesma. Nos campos, hoje temos só algumas opções a mais para jogar do que naquela época. O golfe ainda vai demorar um pouco para crescer no Brasil, embora tenha potencial.
0Folha - O que falta para o crescimento interno do golfe?
Barcellos - Falta incentivo fiscal do governo para atrair empresas para as competições. E campos públicos. Esse apoio deveria ser para todas as modalidades, que sentem a falta de estrutura, de locais para a prática.
Folha - Você conhece os resorts e os hotéis que possuem ou oferecem campos no Brasil?
Barcellos - O melhor é o de Comandatuba, que é bem cuidado. Em outros campos falta manutenção. Na Costa do Sauípe (BA) e em Angra dos Reis (RJ), a grama estava malconservada. É complicado construir um campo do zero, você não sabe se vai ter retorno e gasta muito para mantê-lo em boas condições.
Folha - Em 2004, três campos ligados ao turismo serão inaugurados. O que mais atrai o turista?
Barcellos - São os bons campos. Um golfista vai ficar uma semana em um hotel para jogar todos os dias. Se o campo não for bom, não volta nunca mais. Sabe o que atrairia também? Cassino. Muito mais gente viria para cá se houvesse as duas opções juntas.
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MARCELO SAKATEenviado especial à Bahia e ao Paraná
Líder do ranking brasileiro profissional, o gaúcho Rafael Barcellos, 32, tem uma visão do golfe no país própria de quem vive do esporte desde que se profissionalizou, em 1992. "O mercado interno ainda está parado."
Há três anos, cansado de ver a conta zerar no fim do mês --o que ganhava nos torneios gastava para jogar--, aceitou o convite de um clube de São Paulo, deixou o Sul e veio dar aulas. "Foi a única maneira de alcançar a independência financeira."
Alguns dias após vencer a segunda etapa consecutiva do circuito brasileiro --ele ganhou em julho seu primeiro título como profissional, após ser vice-campeão 15 vezes--, Barcellos conversou com a Folha enquanto ensinava crianças em um evento no clube.
Folha - Você disputa os principais torneios do país desde o fim dos anos 80. Acha que a modalidade mudou muito desde então?
Rafael Barcellos - A situação é quase a mesma. Nos campos, hoje temos só algumas opções a mais para jogar do que naquela época. O golfe ainda vai demorar um pouco para crescer no Brasil, embora tenha potencial.
0Folha - O que falta para o crescimento interno do golfe?
Barcellos - Falta incentivo fiscal do governo para atrair empresas para as competições. E campos públicos. Esse apoio deveria ser para todas as modalidades, que sentem a falta de estrutura, de locais para a prática.
Folha - Você conhece os resorts e os hotéis que possuem ou oferecem campos no Brasil?
Barcellos - O melhor é o de Comandatuba, que é bem cuidado. Em outros campos falta manutenção. Na Costa do Sauípe (BA) e em Angra dos Reis (RJ), a grama estava malconservada. É complicado construir um campo do zero, você não sabe se vai ter retorno e gasta muito para mantê-lo em boas condições.
Folha - Em 2004, três campos ligados ao turismo serão inaugurados. O que mais atrai o turista?
Barcellos - São os bons campos. Um golfista vai ficar uma semana em um hotel para jogar todos os dias. Se o campo não for bom, não volta nunca mais. Sabe o que atrairia também? Cassino. Muito mais gente viria para cá se houvesse as duas opções juntas.
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