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29/09/2003
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04h56
Se quiser se divertir à noite em Hong Kong, siga as luzes. Primeiro, as dos prédios coloridos da ilha de Hong Kong. Depois, aquelas que indicam as estações a que o trem do metrô está chegando -nos mapas colocados acima das portas de cada vagão.
Desça quando o trem parar na estação Central e ande pouco mais de um quarteirão até chegar à profusão de letreiros com néon da ladeira chamada de D'Aguilar Street. Nessa e nas ruas transversais a ela, bares e discotecas reúnem a população jovem da cidade (congregando casais de namorados, engravatados em "happy hour" e grupos de adolescentes) e muitos turistas nas mesas e nas calçadas, ambas bem apertadas e disputadas.
Na região conhecida por Lan Kwai Fong (www.lankwaifong.com), o Ocidente quer ser Oriente, e o Oriente quer ser Ocidente.
Locais trajando roupas de grife, quase sempre brilhantes, misturam-se aos turistas de olhos grandes e azuis, vestindo suas recém-compradas blusas de seda no estilo chinês.
Os bares levam nomes internacionais (canadense, americano, mexicano) e vendem de cervejas européias --em torno de HK$ 70, o "pint" (um pouco mais de meio litro)-- a nossa conhecida caipirinha (HK$ 50), com cachaça brasileira original, mas com muito menos açúcar. A trilha sonora é cantada na língua inglesa, percorrendo o pop e o rock.
A "ocidentalização" do lugar pode frustrar o forasteiro, que vai se sentir mais em casa do que talvez gostaria. A fuga pode estar nas cervejas chinesas, que não desapontam os apreciadores da bebida, ou nas poucas invencionices locais, como a gelatina feita com vodca do bar Al's Diner.
O ritual para degustá-la pede um palito de dentes e uma boca bem aberta. O doce, que vem acondicionado em um copo plástico pequeno, deve ser solto com a ajuda do palito --passe-o pelas bordas do recipiente uma ou duas vezes- e, depois, apoiado no dorso das mãos. Há quem consiga colocá-lo inteiro na boca, de uma só vez, mas é mais do que aceitável dividir o "prato" em duas mordidas. A diversão sai por HK$ 35 e pode ser encontrada em vários sabores. Aos sábados, a noite pode ser esticada até de manhã nas discotecas da região, mas, durante a semana, as casas não dão atenção aos turistas: às 2h, tudo fecha, e os grupos de ocidentais são quase expulsos pelos garçons, que começam a virar as cadeiras e limpar as mesas. Não tente resistir e siga os costumes locais: Lan Kwai Fong pode parecer ocidental, mas está na China.
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da enviada especial a Hong KongSe quiser se divertir à noite em Hong Kong, siga as luzes. Primeiro, as dos prédios coloridos da ilha de Hong Kong. Depois, aquelas que indicam as estações a que o trem do metrô está chegando -nos mapas colocados acima das portas de cada vagão.
Desça quando o trem parar na estação Central e ande pouco mais de um quarteirão até chegar à profusão de letreiros com néon da ladeira chamada de D'Aguilar Street. Nessa e nas ruas transversais a ela, bares e discotecas reúnem a população jovem da cidade (congregando casais de namorados, engravatados em "happy hour" e grupos de adolescentes) e muitos turistas nas mesas e nas calçadas, ambas bem apertadas e disputadas.
Na região conhecida por Lan Kwai Fong (www.lankwaifong.com), o Ocidente quer ser Oriente, e o Oriente quer ser Ocidente.
Locais trajando roupas de grife, quase sempre brilhantes, misturam-se aos turistas de olhos grandes e azuis, vestindo suas recém-compradas blusas de seda no estilo chinês.
Os bares levam nomes internacionais (canadense, americano, mexicano) e vendem de cervejas européias --em torno de HK$ 70, o "pint" (um pouco mais de meio litro)-- a nossa conhecida caipirinha (HK$ 50), com cachaça brasileira original, mas com muito menos açúcar. A trilha sonora é cantada na língua inglesa, percorrendo o pop e o rock.
A "ocidentalização" do lugar pode frustrar o forasteiro, que vai se sentir mais em casa do que talvez gostaria. A fuga pode estar nas cervejas chinesas, que não desapontam os apreciadores da bebida, ou nas poucas invencionices locais, como a gelatina feita com vodca do bar Al's Diner.
O ritual para degustá-la pede um palito de dentes e uma boca bem aberta. O doce, que vem acondicionado em um copo plástico pequeno, deve ser solto com a ajuda do palito --passe-o pelas bordas do recipiente uma ou duas vezes- e, depois, apoiado no dorso das mãos. Há quem consiga colocá-lo inteiro na boca, de uma só vez, mas é mais do que aceitável dividir o "prato" em duas mordidas. A diversão sai por HK$ 35 e pode ser encontrada em vários sabores. Aos sábados, a noite pode ser esticada até de manhã nas discotecas da região, mas, durante a semana, as casas não dão atenção aos turistas: às 2h, tudo fecha, e os grupos de ocidentais são quase expulsos pelos garçons, que começam a virar as cadeiras e limpar as mesas. Não tente resistir e siga os costumes locais: Lan Kwai Fong pode parecer ocidental, mas está na China.
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