Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/07/2006 - 11h35

Peru: País incita turista a garimpar sua história

HELOISA LUPINACCI
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Peru

Sipán, Chan Chan e Caral. Esses nomes dizem muito pouco se comparados a Machu Picchu, Cusco e Titicaca. Em comum a todos esses lugares: eles estão no Peru, país que, quase do mesmo tamanho do Estado do Pará, ostenta, ainda que timidamente em termos turísticos, o legado de dezenas de culturas pré-hispânicas, bons museus, 80 zonas biológicas --tem deserto, selva e cordilheira-- e uma rica culinária, que tira proveito da variedade de vegetais e peixes disponível.

Mas, mesmo com toda essa diversidade, hoje, quando alguém diz "vou ao Peru", traduz-se automaticamente para "vou a Machu Picchu". Ainda que o país guarde --ou melhor, esconda-- muito mais lugares a serem conhecidos.

Esses nomes --Lambayeque é a cidade que guarda o Museu Tumbas Reales do Senhor de Sipán, que exibe objetos encontrados no túmulo desse líder da cultura mochica, Chan Chan é a maior cidade de barro do mundo, construída há 700 anos, e Caral é a cidade mais antiga das Américas, tem 4.700 anos e foi descoberta em 1994-- começam a atrair turistas, mas as cifras deixam claro o quanto eles são pouco procurados.

Enquanto Machu Picchu recebeu quase 680 mil visitantes em 2005, o museu de Sipán foi visto por 140 mil turistas, e Caral, por 43 mil pessoas. Por outro lado, esses números indicam outra característica comum a esses pontos: a infra-estrutura turística de Machu Picchu, com hotéis, trens, ônibus e guias, não se repete nos outros.

A falta de estrutura pode ser explicada pelo pouco tempo de exploração. Caral foi descoberta há 12 anos. A 200 km de Lima, essa cidade se desenvolveu na mesma época das civilizações mesopotâmica, egípcia, indiana e chinesa. Com uma peculiaridade: era a única isolada, dado que as outras quatro trocaram conhecimentos.

Assim, da mesma forma que os peruanos fazem, de tempos em tempos, grandes descobertas arqueológicas, encontrando múmias, tumbas ou cidades inteiras --neste ano foi a vez da Senhora de Cao, governante mochica, que colocou em xeque a idéia de que essa cultura era patriarcal--, o turista estrangeiro pode fazer grandes descobertas peruanas, traçando rotas pouco previsíveis, rumando ao norte ou aos arredores de Lima. Ainda que isso não signifique abrir mão de conhecer a grande estrela do turismo local. E, entre um sítio arqueológico e um museu, pode ainda se surpreender com a culinária local.

Heloisa Lupinacci viajou a convite da companhia aérea LAN e da Gray Line Tours/Viajes Pacifico

Leia mais
  • Confira algumas opções de pacotes para o Peru
  • Cusco foi talhada para seduzir visitantes
  • Machu Picchu impressiona por estar dependurada
  • Mesa peruana é caldeirão de influências
  • Lima tem apelo para estar na rota da viagem
  • Museus mostram povos em peças de ouro e de barro (exclusivo para assinantes)
  • Espiga é cozida ou tostada e, ainda, pode virar suco (exclusivo para assinantes)
  • Costa norte procura sua vocação em ruína arqueológica (exclusivo para assinantes)
  • Tesouro de Sipán é ícone nacional, diz arqueólogo (exclusivo para assinantes)
  • Mundo pré-incaico resiste na estrutura de Chan Chan (exclusivo para assinantes)

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre turismo no Peru
  • Veja outras opções de destinos na América do Sul
  • Conheça o guia Rough Guide Peru
  • Guia de Conversação Para Viagens - Espanhol
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade