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31/07/2010 - 08h00

Professores explicam qual é o problema da matemática

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DE SÃO PAULO

Divulgação
Imagem de "O Livro Quadrado", de Caulos
Imagem de "O Livro Quadrado", de Caulos

Pesquisas recentes mostram que alunos dos ensinos fundamental e médio não vão nada bem em matemática.

Mas a Folhinha deste sábado mostra que a matemática pode ser divertida, e que ela está mais presente na sua vida do que você imagina: na música, nos jogos e até no cinema.

Conversamos com alguns professores de matemática para saber como é que se encantaram por essa disciplina e decidiram dedicar-se a ela.

O professor Maurício Dumdum, do colégio Pentágono, começou a gostar da matemática por causa de um livro que ganhou aos 10 anos: "O Homem que Calculava" (do escritor Malba Tahan), que ele guarda até hoje e lê uma vez por ano.

"A partir da leitura deste livro, percebi que tinha um gosto pelos números. Lembro que uma das minhas primeiras brincadeiras era guardar a placa dos veículos e a ordem em que os números apareciam, aí percebi que não tinham um ordem numérica e muito menos as letras que acompanhavam os números. Percebi que memorizava facilmente números telefônicos e outros."

Claudio Possani, professor do Instituto de Matemática da USP, diz que as ciências o fascinam porque são tentativas de entender o mundo que só dependem de nossa inteligência e vontade: é acessível a todos que quiserem aprender.

"A matemática me fascinava desde pequeno porque os raciocínios lógicos eram bonitos, as respostas se encaixavam. Há uma ordem, nada é o que é apenas porque alguém falou. Sempre achei a matemática 'bonita'. E sempre gostei de ensinar, ajudava os colegas da classe com suas dúvidas.. Hoje percebo que saber matemática nos ajuda em tudo na vida: desde o troco na padaria até a maneira como tomamos decisões, levando em conta as chances de algo dar certo. Além disso, há muita matemática que usamos de forma intuitiva ou inconsciente. Para atravessar uma rua, fazemos milhares de cálculos para tomar várias decisões e nem nos damos conta."

Já para o professor Antonio Brolezzi, colega de Claudio no Instituto de Matemática da USP, a culpa por ele tomar gosto pela matemática é dos padrões. Ele explica: "O trabalho do matemático é encontrar e estudar padrões e regularidades ou a quebra deles. São coisas que se repetem em determinada ordem, como nos desenhos que se repetem nas calçadas de São Paulo, por exemplo, ou nos versos repetidos de uma música ou parlenda. Acho que escolhi fazer matemática porque sempre gostei de observar padrões e regularidades presentes em toda parte. Quando era criança, eu gostava de olhar os padrões dos tecidos dos bancos dos automóveis e das roupas. Na época, não sabia que isso era matemática."

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Imagem de "O Livro Redondo", de Caulos
Imagem de "O Livro Redondo", de Caulos
 

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