Produção em massa
Confira dez dicas baseadas em pesquisas científicas para escapar da procrastinação e melhorar a sua produtividade diante de grandes projetos no trabalho
Eu procrastino, tu procrastinas, ele procrastina. Todos nós, em algum momento, deixamos de lado tarefas importantes e damos atenção a atividades banais, como navegar nas redes sociais.
Pior: 20% das pessoas fazem isso de maneira crônica, segundo pesquisa do psicólogo Joseph Ferrari, da Universidade DePaul (EUA).
De acordo com o professor, "esse tipo de comportamento não tem nada a ver com a dificuldade de gerenciar o próprio tempo ou falta de motivação, mas sim com a ausência de regulação própria".
Em outras palavras, as pessoas que sofrem com isso não conseguem se disciplinar.
A desculpa número um do procrastinador é apontar a ausência de inspiração como motivo para sua falta de produtividade. Essa é a conclusão de Janet Polivy, pesquisadora da Universidade de Toronto, no Canadá.
Ela traz uma má notícia: seu cérebro não vai entrar nos eixos se você esperar ter força de vontade.
A melhor maneira de realizar um grande projeto, por mais tolo que pareça, é simplesmente começar.
Diversos estudos psicológicos sugerem que as pessoas se aproveitam do chamado efeito Zeigarnik, segundo o qual nosso cérebro é impelido a terminar as coisas que já iniciamos, pois ficamos desconfortáveis com tarefas deixadas pela metade.
Para o professor Kentaro Fujita, da Universidade de Ohio, nos EUA, o caminho é dividir os projetos complexos em tarefas menores, para nossa mente estar sempre sedenta por finalizar algo.
FOCO NO QUE IMPORTA
Fujita acrescenta que é importante manter um registro de tudo o que fazemos para termos a real noção de quanto tempo estamos dedicando a cada tarefa.
"Essa regulação nos permite olhar para nós mesmos e verificar se estamos nos esforçando para atingir um objetivo futuro, ou apenas resolvendo problemas do presente de modo automático."
Outra maneira de aproveitar a capacidade máxima de nosso cérebro é cronometrar as atividades do dia a dia e trabalhar de maneira focada por períodos curtos.
Peretz Lavie, do Instituto de Tecnologia de Israel, estudou o comportamento dos maiores violinistas do mundo e mostrou que eles tinham melhor desempenho quando estudavam em sessões de 90 minutos com pausas de 15 minutos.
Além disso, os instrumentistas não trabalhavam mais do que quatro horas e meia por dia, de modo que conseguissem manter o foco nas tarefas que estavam fazendo, com níveis altos de energia para produzir.