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Em semana mais quente que o normal, recorde passa batido
Em uma semana com temperaturas mais elevadas que o normal, o dia mais quente da história quase passou despercebido em São Paulo.
Na segunda (13), o registro dos termômetros já havia ultrapassado o patamar histórico para a primavera, com 35,9°C. Na sexta, a máxima chegou a 37,8°C no mirante de Santana (zona norte).
Vestindo o mesmo uniforme do inverno, o cabo da Polícia Militar Mario Antonio de Lima, 42, disse que nem notou a temperatura maior. "Nem adianta reclamar", afirmou Lima.
O fiscal da CET Amaury Rossi, 54, disse que "podia ter cinco graus a mais que não haveria problema". Do uniforme de marronzinho, ele só reclama da bota.
Se ainda tivesse ajudado nas vendas de sorvete e água, a alta temperatura provocaria alguma reação na ambulante Lucineia Souza, 40.
"Nem isso. Foi fraco." Vestindo calça jeans, camiseta preta e tênis, ela se diz "acostumada com a quentura".
O operador de equipamento industrial João Araújo, 47, afirmou que nem em dias quentes sente falta de sua cidade natal, Salvador.
O vendedor Roberto Neto, 42, chegou a duvidar da temperatura divulgada. "Essas pesquisas são todas enganosas", afirmou.