Arma de serial killer foi usada em 8 mortes, aponta perícia
Vítimas estão entre as 39 assumidas pelo vigilante preso em Goiânia
Polícia apura se um dos assassinatos com autoria confirmada foi encomendado; defesa não se pronunciou
Os resultados de mais dois exames do Instituto de Criminalística de Goiás apontam que os projéteis encontrados nos corpos de uma mulher e de um homem mortos neste ano em Goiânia partiram da arma do vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26.
Rocha, que está preso desde o dia 14, confessou 39 assassinatos, entre eles os de moradores de rua e de 15 mulheres e um homem.
As duas mortes que tiveram a autoria agora confirmada pelos exames estão entre os crimes já confessados por ele. Agora, sobe para oito o número de homicídios praticados com a arma apreendida com o vigilante.
Os dois novos casos são os de Ana Maria Victor Duarte, 26, morta em 14 de março em uma lanchonete, e de Mauro Ferreira Nunes, 51, assassinado duas semanas depois.
Segundo a Delegacia de Investigação de Homicídios, Rocha afirmou que uma mulher o contratou para matar o ex-marido, um comerciante, por R$ 1.000. A polícia não informou o nome da vítima nem se o pagamento foi feito efetivamente.
As outras seis vítimas de Rocha, segundo a polícia, são Ana Lídia Gomes, 14, Juliana Dias, 22, Rosirene da Silva, 29, Taynara da Cruz, 13, Isadora dos Reis, 15, e Thamara Silva, 17. Laudos anteriores já haviam confirmado que os tiros partiram da arma dele nesses casos. Outros exames ainda estão em andamento.
Nesta quarta (22), Rocha deve passar por avaliação psicológica. O então advogado do vigilante, Thiago Huáscar Vidal, deixou a defesa na última segunda (20).
A reportagem procurou a nova advogada do suspeito, Brunna Bernardo, mas ela informou que só se pronunciaria em momento oportuno.