Outro lado
Patrimônio tem origem legal, diz defesa
Vereadores negam envolvimento com cobrança de propina; assessor parlamentar afirma que é inocente
A defesa do engenheiro Roberto de Faria Torres afirma que ele tem como justificar todo o seu patrimônio.
De acordo com o advogado de Torres, Davi Gebara, parte dos bens do engenheiro provém de herança e de antes de ele virar funcionário da prefeitura, em 2006.
O defensor afirma que a casa do engenheiro em Aguaí, no interior paulista, foi construída em parceria com a família. O cunhado dele vive no local, afirma Gebara.
"O custo da cidade é mais baixo, e a casa ainda está em obras", disse Gebara.
O advogado afirma que os carros de luxo de Torres têm todos a mesma origem: foram dados como pagamento de uma casa.
A CGM (Controladoria-Geral do Município) investiga o servidor por considerar seu patrimônio suspeito.
De acordo com a defesa do engenheiro, todos os bens dele sempre foram declarados no Imposto de Renda.
Ainda segundo o advogado, os imóveis também constam da declaração de bens que os funcionários públicos têm que enviar à prefeitura.
Sobre o vídeo veiculado pelo programa "Fantástico", da TV Globo, o advogado diz que não compromete Torres porque não era cobrança de propina, mas indicação de um serviço.
O filme mostra o servidor ao lado do assessor parlamentar Antonio Pedace, que pede R$ 15 mil a um comerciante para um laudo que tiraria seu bar da CPI dos Alvarás.
Gebara afirma que vai pedir ao Ministério Público uma acareação entre Torres e o comerciante que o acusa de cobrança de propina.
Ele afirma que seu cliente está à disposição da Justiça.
A defesa do assessor parlamentar Antonio Pedace afirma que ele se diz inocente.
O vereador Eduardo Tuma (PSDB), presidente da CPI dos Alvarás, afirma que não tinha conhecimento da ação dos dois e que já exonerou Pedace de seu gabinete.
O vereador Adilson Amadeu (PTB) diz que pediu a liberação de Torres para trabalhar para a CPI dos Alvarás porque ele havia se oferecido para o trabalho. Amadeu afirmou também que não o conhecia antes da CPI.
A defesa de Torres nega que ele tenha se oferecido. Segundo seu advogado, Torres foi escolhido por sua capacidade técnica. (ARTUR RODRIGUES E LEANDRO MACHADO)