Protesto fecha estrada em Ilhabela pelo 3º dia seguido
Moradores são contra cobrança de taxa para acesso à praia de Castelhanos
Em Guarujá, movimento abaixo do esperado frustrou comerciantes, mas fez a alegria de banhistas
Pelo terceiro dia consecutivo, a estrada que dá acesso à praia de Castelhanos, em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, foi bloqueada em protesto contra o "pedágio" estabelecido pela Fundação Florestal, que administra o Parque Estadual de Ilhabela.
Desde a última quarta-feira (19), são cobrados R$ 12 por pessoa para ter acesso à praia.
Uma nova manifestação deve acontecer neste sábado (22). Segundo o prefeito de Ilhabela, Antonio Luiz Colucci (PPS), que esteve no local para tentar negociar a suspensão da cobrança com a fundação, "o parque não está disposto a suspender a taxa".
Os passeios de jipe a Castelhanos continuam suspensos. Na praia, cinco dos seis quiosques ficaram fechados durante a sexta (21).
"Tem vários motivos para o protesto. A comunidade alega que o parque não faz manutenção adequada [na estrada]", diz Vivian Gonçalves, proprietária do único quiosque aberto.
GUARUJÁ
No litoral sul, o movimento abaixo da expectativa decepcionou comerciantes no Guarujá (a 86 km de São Paulo). Os banhistas, porém, comemoravam a ida à praia "menos estressante".
"Está fraco, sim. O movimento caiu bastante em relação aos outros feriados", disse Mirta Juliot, dona de uma barraca na praia de Enseada.
Na areia, o vendedor de açaí Carlos Antônio disse ter faturado pouco mais de R$ 100 até o início da tarde, metade do que esperava vender. "Acho que porque é meio de mês, o pessoal está sem dinheiro".
Já para quem estava de folga, o semblante nem sempre era de tristeza, mesmo com a temperatura alternando entre céu aberto e nublado.
Adriano Garcia, técnico de informática que veio da capital, fez a mesma constatação: "Está fraco". Mas acrescentou: "E é bem melhor assim".
Mesmo com um início de feriadão ameno, a prefeitura de Guarujá estimou que cerca de 800 mil pessoas visitarão a cidade até o domingo (23). Também diz que os hotéis tinham reservas para 80% dos leitos.