Outro lado
Governo de SP diz que houve só readequação
A Secretaria da Educação negou que a suspensão dos programas visem cortar gastos. A pasta afirmou que estão ocorrendo apenas readequações burocráticas e que foram tomadas medidas para evitar falta de materiais.
Sobre a suspensão do programa de compras de insumos, o governo disse que o sistema eletrônico foi fechado para revisão técnica.
Os diretores de escola, afirmou a secretaria, foram avisados para fazerem compras antecipadas em outubro.
A comunicação, segundo a pasta, foi feita em reuniões periódicas dos dirigentes regionais de ensino com os diretores das escolas --já o anúncio dos cortes foi feito por circulares, via e-mail.
O governo estadual disse também que as diretorias regionais de ensino possuem estoque de materiais e R$ 20 milhões cada para atender emergências nas escolas.
Segundo a secretaria, os recursos para essas compras --no programa chamado Rede de Suprimentos-- cresceram de R$ 84 milhões para R$ 87 milhões entre 2013 e 2014.
A variação significa aumento de 3,5% nas verbas, ante uma inflação projetada de 6,4% para o período.
A secretaria disse também que, especificamente sobre materiais de informática, há uma empresa contratada pelo governo que repõe os itens imediatamente às escolas.
Em relação ao programa que prevê pequenas reformas nos colégios, o Trato na Escola, a pasta afirmou que a ação foi extinta para ser incorporada ao programa de manutenção de colégios.
A verba prevista para o programa em 2015 é de R$ 995 milhões, ante R$ 670 milhões neste ano. O governo estadual disse que antecipará o envio de recursos para que as escolas estejam prontas já no início das aulas.
Sobre a citação da Lei de Responsabilidade Fiscal nos comunicados sobre os cortes nos programas, a secretaria afirmou que ela foi mencionada apenas para lembrar os gestores que o mandato do governo está no fim.