Outro lado
Há fatos para inocentar PMs, diz promotor
O promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, responsável pelo pedido de arquivamento do inquérito da chacina em Ribeirão Preto, disse que não há indícios suficientes para poder denunciar os PMs.
Gonçalves afirma que, embora algumas testemunhas apontassem os policiais militares (de forma contraditória, diz ele), outras disseram que eles estavam em outro lugar.
"Além disso, outras testemunhas que estavam no local disseram que não poderiam reconhecer quem estava nas motos porque as viseiras dos capacetes estavam abaixadas", disse. "Nós temos fatos concretos para inocentar os policiais", afirmou.
Ele disse não se recordar do pedido de quebra de sigilos.
O Ministério Público disse, por meio de nota, que a Corregedoria-Geral "instaurou uma reclamação disciplinar para apurar os fatos".
O Tribunal de Justiça disse que a Corregedoria Geral da Justiça não tem ingerência em questão "eminentemente jurisdicional, sem cunho disciplinar, ético ou de postura do magistrado". "Tudo o que o promotor e o juiz fizeram tem previsão constitucional e legal, portanto agiram dentro do ordenamento jurídico", afirma trecho da nota.
O juiz, em sua decisão, disse que não havia indícios da autoria dos fatos.