Bruno Giannini (1951-2014)
Dois transplantes e amor à vida
Mesmo depois de precisar enfrentar dois transplantes de rins, Bruno Giannini nunca perdeu o otimismo diante da vida. Desde os 12 anos, quando descobriu a insuficiência renal e começou a tratar o problema, não se deixou abater pela doença.
Descrito pela mulher, Maria José, 63, como "guerreiro", foi um goleiro talentoso na equipe mirim do Palmeiras, time do coração, e nunca deixou de atuar nos campos mesmo depois da mudança da família para Araraquara, no interior de São Paulo.
Filho primogênito de Florêncio e Eva Giannini, tinha quatro irmãos. Dois deles, César e Dario, foram os doadores dos rins para os dois transplantes que Bruno precisou realizar ao longo da vida.
Durante 35 anos como transplantado, passou sua experiência para outras pessoas com o mesmo problema, estimulando-as a manter a vitalidade e o otimismo.
Bastante criativo, depois de ter uma empresa de impermeabilizantes, juntou-se ao filho mais velho, Augusto César, 31, na criação de um estúdio de produção musical. Companheiros, Augusto descreve o pai como seu "maior amigo".
Com o filho, idealizou um programa de variedades para a televisão local, do qual também era apresentador.
Conheceu a mulher num Carnaval em Arraial do Cabo (RJ), na década de 1970. Casados havia 34 anos, tiveram também Paulo, de 16 anos. Juntos, adoravam viajar e conhecer o Brasil de carro, especialmente para ver a natureza, uma de suas paixões.
Morreu no dia 26 de dezembro, aos 63 anos, em decorrência de um tumor cerebral.