Outro lado
Prefeitura afirma que há diálogo e que impacto será o menor possível
Por nota, a Prefeitura de São Paulo informou que reconhece os blocos de rua como manifestação espontânea da cidade e que está em busca de organizar a festa de maneira a causar o "menor impacto possível aos moradores das regiões com grande concentração" de foliões.
De acordo com o texto da gestão de Fernando Haddad (PT), "desde dezembro do ano passado estão sendo realizadas audiências com os blocos e moradores nas subprefeituras, inclusive na de Pinheiros [responsável pela Vila Madalena]. A cada ano, o Carnaval de rua consolida sua experiência na cidade".
Ainda segundo a nota, "ao reconhecer o Carnaval de rua como uma manifestação cultural legítima, a Prefeitura de São Paulo, assim como acontece com outras capitais, tem a prerrogativa de buscar patrocínio, possibilitando oferta maior de serviços, garantindo conforto e organização aos foliões e cidadãos."
Nesta semana, está prevista a divulgação dos resultados das proposta de patrocínio para a festa. Com o recurso, devem ser instalados banheiros químicos e fornecida logística para os blocos.
'EM CONSTRUÇÃO'
Gustavo Melo, representante de um dos blocos mais tradicionais da cidade, o "Nois Trupica Mais Não Cai", que deve desfilar com cerca de 7.000 integrantes, diz que o diálogo foi aberto.
"Lamentamos que, ainda, não se conseguiu uma estrutura ideal para o Carnaval de rua. Isso está sendo construído", afirma. "Tentamos ao máximo não prejudicar ninguém, mas reconhecemos que ainda não chegamos à forma ideal. Mas tentar proibir o que é da cultura da cidade, uma vontade das pessoas não é solução."