Justiça ordena que 80% dos ônibus rodem em Curitiba
Greve deixou cidade sem transporte pelo 2º dia
Uma audiência da Justiça que tentou por fim à greve de ônibus em Curitiba determinou a volta imediata, no final da tarde desta terça-feira (27), de 80% da frota.
A cidade amanheceu pelo segundo dia consecutivo sem transporte público, apesar da ordem judicial que determinava que ao menos 50% dos veículos deveriam circular. Diariamente, 2 milhões de passageiros dependem do transporte público na cidade.
Motoristas e cobradores se queixam de atrasos em pagamentos e dizem que não receberam o adiantamento salarial de 40% no último dia 20.
Na audiência, o governo do Paraná, que também financia o sistema e deve cerca de R$ 16 milhões às empresas, ficou de pagar, até esta quarta (28), R$ 5 milhões. Assim, o pagamento dos salários atrasados deve ser feito, no mais tardar, até quinta (29).
O sindicato dos trabalhadores aceitou a proposta, mas disse que só encerra a paralisação após o depósito dos valores em atraso.
Profissionais que aguardavam em frente ao Tribunal Regional do Trabalho reagiram com indignação e chegaram a impedir a passagem de um ônibus, que voltava às ruas logo após a audiência.
O presidente do sindicato precisou intervir para que o veículo pudesse circular.
A multa em caso de descumprimento da decisão judicial, a ser paga pelo sindicato dos trabalhadores, é de R$ 300 mil por dia.