Empresas do interior paulista são orientadas a captar chuva
No mesmo dia em que o Consórcio das Bacias dos Rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) alertou empresas e prefeituras do interior de São Paulo sobre a necessidade de captar e armazenar toda a água de chuva antes do período de estiagem, em abril, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) informou que estuda restringir a retirada de água na bacia do Alto Tietê, onde estão o sistema Guarapiranga e a represa Billings.
A orientação do consórcio considera a escassez de água nos reservatórios que formam o Cantareira, responsável pelo abastecimento nas regiões da Grande SP e de Campinas.
"Isso porque, depois de março, pode ser que a situação hídrica da região piore", afirmou Andréia Borges, técnica do consórcio.
A recomendação veio seis dias após a ANA (Agência Nacional de Águas) e o Daee anunciarem a restrição da captação de água outorgada a empresas de saneamento, indústrias e agricultores em rios da bacia do Piracicaba.
Agora, o Daee estuda medidas parecidas para a bacia do Alto Tietê --quando a vazão dos mananciais cair, empresas de saneamento, indústrias e agricultores terão de reduzir a retirada de água em rios e reservatórios em 20% e 30%, respectivamente.
Haverá uma reunião hoje (29/1) com diretores da bacia para tratar do assunto.
Estão no consórcio 43 prefeituras e 27 empresas, como Petrobras, Unilever, Rhodia e Ypê, responsáveis por 90% do consumo industrial na região.