Com rodízio, universidades ameaçam parar
As universidades paulistas cogitam suspender pesquisas e até aulas se houver rodízio de água em São Paulo. A declaração foi feita em encontro nesta terça (3) entre reitores e vice-reitores das universidades.
Estavam presentes representantes de Unifesp, USP, UFSCar, Unicamp, Unesp, UFABC e IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo).
Juntas, essas instituições têm 261 mil estudantes matriculados, segundo dados de 2013.
Se houver rodízio, pode haver "impacto importante nas pesquisas", disse Soraya Soubhi Smaili, reitora da Unifesp e anfitriã da reunião. Isso porque os laboratórios dependem muitas vezes de água para os experimentos, disse.
Quanto à suspensão das aulas, é uma hipótese, mas ainda não há decisão a respeito. "Se houver rodízio, pode [haver suspensão]. 'Pode' não quer dizer que vai acontecer."
A Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos disse, em nota, que, em caso de "medidas mais drásticas", escolas e hospitais terão atendimento prioritário para assegurar que não fiquem sem água.
No encontro, as universidades anunciaram a criação de um grupo de trabalho para propor pesquisas que tratem de soluções para a crise da água a curto, médio e longo prazo.