Celular será bloqueado em até 12 horas após registro do roubo
Secretaria da Segurança de SP firmou acordo com operadoras
Todos os telefones celulares furtados ou roubados no Estado de São Paulo a partir de agora serão bloqueados pelas operadoras no prazo máximo de 12 horas após o registro do crime. Com isso, não poderão ser reutilizados.
Essa foi uma das medidas anunciadas nesta sexta (6) pela Secretaria da Segurança para combater o aumento de crimes envolvendo celulares --que, segundo o governo, representaram 52% dos objetos roubados no Estado.
Por mês, estima-se que 17 mil celulares sejam roubados ou furtados no Estado.
O anúncio foi feito após uma reunião entre o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, e representantes de cinco empresas (Claro, Nextel, Oi, TIM e Vivo).
Segundo Moraes, as empresas relataram que, geralmente, só recebem pedidos de bloqueio do chip e são raros os casos de vítimas que pedem para bloquear o aparelho.
Sem essa medida, o celular pode ser reaproveitado pelos criminosos, bastando a compra de um chip novo.
Para fazer o bloqueio total, a vítima terá que informar o IMEI (identificação internacional de equipamento móvel, em português) do aparelho ao registrar o crime.
O IMEI funciona como o chassi do aparelho. Também será necessário informar qual é a operadora.
Tanto na versão on-line quanto na física, os boletins de ocorrência terão campos específicos para que a vítima possa informar esses dados.
Com eles, a própria polícia avisará as operadoras para que bloqueiem o celular. "Os furtos e roubos de celular certamente diminuirão porque o aparelho se tornará algo inútil", afirmou Moraes.
Outra medida anunciada é uma proposta de alteração de legislação estadual para que os estabelecimentos que forem flagrados comercializando desbloqueadores sem autorização tenham a inscrição estadual cancelada.
De acordo com o sindicato nacional das empresas de telefonia celular, o Sinditelebrasil, se depois a vítima conseguir recuperar o aparelho, é possível fazê-lo voltar a funcionar. "O desbloqueio pode ser solicitado, sempre com a identificação do usuário e do aparelho", diz nota.
No Brasil há 280 milhões de celulares em operação, segundo o sindicato.