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Para evitar vaia, réplica de Dilma fica de fora de desfile em Olinda
A réplica da presidente Dilma Rousseff (PT) ficou de fora do desfile dos tradicionais bonecos gigantes que percorreu as ruas de Olinda (PE) nesta segunda-feira (16).
O objetivo, segundo o organizador do desfile, Leandro Castro, foi evitar vaias. "No ano passado ela já foi muito vaiada, e o pessoal acha que é contra a gente", disse.
No ano passado, o boneco de Dilma desfilou ao lado do boneco do governador Eduardo Campos (PE), morto em agosto do ano passado.
"Já que achei que não seria interessante colocar a Dilma, evitei colocar os demais."
Mesmo sem a presidente, personalidades como Ariano Suassuna, Chaves, Darth Vader, o ET de Varginha e Gandhi com um elefante indiano estrearam no desfile.
Ao som de Beatles em ritmo de frevo, os novatos se juntaram a veteranos como Bob Marley, Lampião e Joaquim Barbosa na Apoteose dos Bonecos Gigantes, que reuniu mais de 60 personagens.
Uma das atrações da festa foi o jogador Mauro Shampoo, ex-atacante do Ibis Sport Club, time de Paulista (PE) que se consagrou como o pior do mundo. Ele foi pessoalmente e na versão boneco.
"A história do pior time também é uma história bonita. Fiz tudo pra ser um jogador de verdade, não fui. Virei cabeleireiro", disse Shampoo.
O desfile desta segunda foi o sexto organizado por Castro. A tradição é mais antiga.
Considerado pai dos bonecos gigantes de Olinda, o artesão Silvio Botelho coloca na rua, há mais de 40 anos, o Encontro dos Bonecos Gigantes.