Paulo José da Costa Júnior (1925-2015)
5 dias de advocacia, 2 de fazenda
Fim de semana era sinônimo de Itatinga para o advogado Paulo José da Costa Júnior. Considerava tão importante passar o sábado e o domingo na fazenda no interior paulista que, certa vez, até brincou com um dos filhos que ele não poderia se casar em nenhum desses dias --o que de fato aconteceu.
Apaixonado pelos cavalos que lá criava (no haras Pajoco, uma brincadeira com suas iniciais), só deixaria a sela há uns dois anos, ao adoecer.
Foi também nessa época que teve de se afastar do dia a dia do escritório que tinha com o filho Fernando, a terceira geração de advogados da família. A tradição deve continuar, já que duas netas de Paulo querem seguir os passos de pai, avô e bisavô.
Doutor pela Universidade de Roma, lecionou em instituições italianas, na USP, onde chefiou o Departamento de Direito Penal, e em outras faculdades brasileiras.
Tornou-se conhecido do público ao comentar, em emissoras de rádio e TV, casos de grande repercussão. No livro "Crimes Famosos", por exemplo, analisa delitos notórios como "O crime da rua Cuba'' e "O maníaco do parque".
Além de obras ligadas ao direito, escreveu sobre outros temas, como São Paulo, e uma autobiografia. Era membro da Academia Paulista de Letras.
Entre tantas homenagens, condecorações e títulos que recebeu, era cidadão paulistano, itatinguense e italiano.
Morreu na segunda (2), de complicações causadas por um câncer. Teve quatro filhos, oito netos e dois bisnetos.
A missa do sétimo dia será na segunda (9), às 12h45, na igreja Nossa Senhora do Brasil, zona oeste paulistana.