Crise da água
Em meio a seca, Califórnia ordena redução do consumo
Gasto de água do Estado americano deve ficar 25% menor em relação a 2013
Governador, que decretou estado de emergência em 2014, não definiu como irá atingir essa economia
O governador do Estado americano da Califórnia, Jerry Brown, ordenou nesta quarta-feira (1º) que o consumo estadual de água deve ser reduzido em 25%, em relação ao total gasto em 2013.
As ações para se atingir essa redução, porém, não foram definidas. A restrição é inédita na história da Califórnia, onde a grave seca levou Brown a decretar estado de emergência em janeiro de 2014.
Em uma ordem executiva, Brown determinou que o Conselho de Recursos Hídricos do Estado trabalhe com agências locais para definir medidas que possibilitem a redução.
Segundo autoridades do governo, a ordem deve impor cortes que afetam consumidores residenciais, produtores agrícolas, cemitérios e proprietários de campos de golfe.
O governo diz ainda que está preparado para aplicar medidas punitivas --incluindo multas-- para assegurar o cumprimento da nova norma.
A Califórnia já aplica multas para consumidores que desperdiçam água, em casos como lavar a calçada com mangueira ou instalação de fontes de água decorativas sem sistema de recirculação. Restaurantes que servem água sem o cliente solicitar também são multados. A primeira multa é de US$ 45 (cerca de R$ 140), mas o valor pode chegar a US$ 500 (cerca de R$ 1.570) para reincidentes.
A média de consumo de água per capita na Califórnia é de 605 litros/dia, para uma população de 39 milhões de pessoas. No Estado de São Paulo, por exemplo, esse número é de 190 litros/dia, considerando uma população de 44 milhões de habitantes.