Professores mantêm greve e anunciam bloqueios
Docentes fecharam Paulista em protesto
Professores da rede estadual de São Paulo fecharam a av. Paulista nesta quinta (2) e, em assembleia, votaram a favor da continuidade da paralisação, iniciada no dia 16.
A Apeoesp (sindicato da categoria) anunciou que na próxima sexta (10) haverá outra assembleia, desta vez em frente do Palácio dos Bandeirantes. Além disso, os professores planejam, diz a entidade, bloquear estradas do Estado na próxima quinta (9).
A manifestação começou às 14h. A Apeoesp calculou em 60 mil os participantes. A PM não divulgou estimativa.
Após a votação, o grupo caminhou até a praça da República (centro), onde fica a Secretaria de Educação --parte seguiu pela rua da Consolação, parte pela av. 23 de Maio.
A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%. Segundo o sindicato, o índice visa a equiparação salarial com as categorias com formação de nível superior ""o piso dos professores é de R$ 2.415,89.
'INFLAR'
Em nota, a secretaria criticou a greve e disse que fechou acordo com a rede de reajuste de 45% em quatro anos e que neste ano vai pagar R$ 1 bilhão em bônus por mérito.
"A pasta não pode pactuar com o movimento de um dos sindicatos da categoria que tem incitado os pais a não levarem seus filhos às unidades escolares para inflar a paralisação e usado, em alguns casos, até de violência", diz.
Na segunda (30), o governo propôs melhorar as condições dos docentes temporários. Segundo o projeto, o período que os temporários devem ficar fora da rede após um ano de trabalho cai de 200 para 40 dias.
O Estado tem 230 mil docentes e 4 milhões de alunos.