Viciados levam medo ao bairro, diz administrador
A Associação Viva Leopoldina afirma que a vigilância privada não tem o objetivo de espantar ou impedir a fixação dos moradores de rua, embaixo do viaduto Mofarrej ou em outros pontos do bairro.
A entidade diz agir dentro da lei e diz que a contratação da Aster se deve à mudança do perfil do morador de rua no local, substituído por usuários de drogas.
"Aquele morador de rua, tradicional, que trabalha no Ceagesp, está sumindo. O que os moradores [do bairro] tinham é medo. Não é medo de 'mendigo', que não faz mal a ninguém, mas do usuário de entorpecentes, especialmente quando ele está na fissura", diz o administrador Carlos Alexandre de Oliveira, 44, membro da associação.
Procurada pela Folha, a Aster afirma que faz a segurança dos condomínios. Os acordos, segundo a empresa, são fechados diretamente com os prédios, e não com a associação.
Também diz que os vigilantes não têm armas e acionam os órgãos de segurança "em caso de sinistros comprovados ou suspeita de crime em andamento".
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos diz que não tem comprovação de conduta irregular, mas, se for constatada "vai adotar providências".
A pasta afirma que se reuniu com Guarda Civil e subprefeitura "para reforçar os princípios da gestão contra medidas 'higienizadoras' e garantir que o tratamento seja respeitoso".