Funcionária é estuprada em estação do metrô
Operadora diz ter sido atacada em cabine de Bilhete Único da República
Metrô diz prestar auxílio à polícia; empresa Prodata afirma que segurança será rediscutida
A operadora de uma cabine de recarga de Bilhete Único disse ter sido estuprada na noite de quinta (2) na estação República do metrô, no centro, durante tentativa de assalto feita por dois homens.
A jovem, de 18 anos, é contratada da Prodata Mobility, empresa que presta serviços de bilhetagem ao Metrô.
Segundo declarações da vítima que constam de boletim de ocorrência interno da companhia, ela encerrava suas atividades na cabine por volta das 23h30 e olhou pelo olho mágico antes de sair, mas ele estaria quebrado.
A jovem então apagou a luz e, ao abrir a porta, foi surpreendida por um rapaz de aproximadamente 1,75 m, forte, cabelos raspados, com camisa listrada e calça social.
Sob ameaça, disse a funcionária, ele amarrou as mãos dela atrás das costas com fita adesiva, tirou sua roupa e praticou ato sexual. Em seguida, abriu a porta do quiosque para a entrada de um segundo indivíduo, de 1,80 m, cabelo liso e roupa social.
De acordo com o depoimento, este homem chamava o primeiro de Rafinha. Ela foi indagada sobre se sabia abrir o cofre, mas negou.
O primeiro homem, Rafinha, tentou abrir o cofre, mas não conseguiu. Em seguida, eles pediram o celular da vítima e a desamarraram.
Segundo o diretor de contratos da Prodata, José Carlos Martinelli, os assaltantes destruíram o sistema de câmeras da cabine e não foi possível recuperar as imagens. O disco rígido do equipamento foi encaminhado para a polícia, que tentará restaurá-lo.
"Neste momento, estamos fornecendo atendimento médico e psicológico à funcionária", disse. "Depois vamos procurar o Metrô para discutir a questão de segurança."
O local onde ficam as cabines de recarga do Bilhete Único são definidos pelo Metrô. A Prodata tem os quiosques em 20 estações de São Paulo.
O Metrô disse que a equipe de segurança fez o primeiro atendimento e providenciou o encaminhamento da funcionária para a Delegacia de Polícia do Metropolitano.
"A companhia vem prestando todo o auxilio à polícia, inclusive cedendo imagens dos circuitos de vigilância, para ajudar na investigação do caso", diz o texto.
O Metrô afirma ainda ter mais de 1.100 agentes de segurança, que atuam uniformizados ou à paisana, e 3.000 câmeras distribuídas ao longo de suas linhas, dentro dos trens e nas estações.
O sindicato dos metroviários divulgou nota exigindo esclarecimentos do Metrô e da Prodata. "Que fechem imediatamente essa bilheteria que está em lugar inseguro."