Professores estaduais fecham rodovias de SP em protestos
Categoria fará novo ato em frente à sede do governo nesta sexta (10)
Professores da rede estadual fizeram, na tarde desta quinta (9), protestos em ao menos cinco rodovias paulistas. Houve bloqueios na Anchieta, na Régis, Ayrton Senna, na Raposo Tavares e no trecho leste do Rodoanel. Todas as estradas, porém, foram liberadas no início da noite.
Os docentes, que decretaram a greve no último dia 13, decidiram na última assembleia da categoria, na semana passada, fazer atos em rodovias de São Paulo.
O maior dos bloqueios aconteceu na Ayrton Senna. A rodovia foi completamente fechada no km 34, na região de Itaquaquecetuba (Grande SP), sentido interior. Cerca de 250 professores participaram do ato no local, que durou quase duas horas.
Além das rodovias, a Polícia Militar registrou protestos de professores também em São Paulo. Eles aconteceram na avenida Padre José Maria, na zona sul, e na avenida Jacu-Pêssego, na zona leste.
Nesta sexta-feira (10), os professores deverão fazer um novo protesto na frente do Palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, onde decidirão qual será o andamento da paralisação.
A categoria reivindica reajuste salarial de 75,33%, para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior --o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.
A categoria diz que a greve tem a adesão de 60% dos professores, enquanto a Secretaria de Educação afirma que 92% dos docentes continuam comparecendo normalmente às aulas. O Estado possui cerca de 230 mil professores
A secretaria afirmou em nota que "não pode pactuar com o movimento que tem incitado os pais a não levarem seus filhos às unidades escolares para inflar a paralisação".
A pasta disse ainda que, ao longo de quatro anos, a categoria teve aumento de 45% em seus salários.