Maria Isolina Libutti (1935-2015)
'Zula', a segunda mãe para seus 21 sobrinhos
Quando os 21 sobrinhos de Maria Isolina Libutti tinham problemas, não pensavam duas vezes antes de recorrer à tia. Uma conversa com ela e algumas rodadas de cuba libre --além de uma ajudinha financeira dela, em alguns casos-- resolviam a questão.
O drinque era o preferido de "Zula", apelido da professora de português que ficava brava quando o garçom não trazia a dose de rum separada do copo de gelo e da Coca-Cola, ingredientes do aperitivo.
Nasceu e cresceu em Araraquara, no interior de SP. Era a caçula dos 13 filhos de Florestano, morto quando ela ainda era criança. Dele, herdou a profissão, estudando o magistério ainda na cidade no noroeste do Estado.
Com 20 anos recém feitos, rumou para a capital paulista, em busca de novas oportunidades. Formou-se em pedagogia e foi docente municipal. Chegou a diretora de escola, cargo pelo qual se aposentou.
Centralizava as notícias dos Libutti, atualizando a família durante as reuniões na casa do irmão Ariosto em Peruíbe, no litoral de SP. Era vidrada na seleção brasileira de vôlei, cujos jogos assistia sempre.
Há cerca de um mês meio, teve duas quedas em casa. Após uma ida ao hospital por causa de uma delas, começou a se sentir fraca e não saiu mais da cama. No dia 14, reclamou de falta de ar e foi novamente examinada.
Prestes a receber alta, teve uma embolia pulmonar que a matou naquele dia. Deixa os sobrinhos, que sempre foram mimados pela tia.
Neste sábado (23), a família irá homenageá-la com uma missa ao meio-dia na igreja Santíssimo Sacramento, na Vila Mariana, zona sul de SP.
coluna.obituario@uol.com.br