Outro Lado
Governo promete 31,5 km e diz que melhorou trens
O Metrô afirma que parte dos R$ 30 bilhões investidos pela gestão tucana nos últimos 20 anos ainda será sentida, com a entrega de 31,5 km de trilhos nos próximos anos.
Segundo a empresa, R$ 8,3 bilhões foram gastos desde 2008 na implantação de quatro linhas que estão em obras.
A companhia do governo Geraldo Alckmin (PSDB) ressalta que parte dos gastos a partir dos anos 2000 foi destinada para melhorias significativas na rede da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que possui 260,8 km de extensão.
Isso inclui reformas de trens e estações, além de sistemas de integração.
O Metrô afirma ainda que, diferentemente da capital paulista, cidades de outros países, como México, Chile e Coreia do Sul, contam com subsídio do governo federal.
Segundo a empresa, parte dos investimentos no metrô nas gestões anteriores (1974-1994) é herança de gastos iniciados em 1968, antes da entrega da primeira linha.
A gestão tucana diz que parte dos R$ 30 bilhões gastos nas últimas duas décadas também inclui, além da implantação de novos trilhos, a reforma de estações, compra de trens, modernização de 98 composições e implantação de sistemas de comunicação, que garantem mais segurança e redução do intervalo entre as composições.
O Metrô afirma ainda que uma série de fatores prejudica "dramaticamente" cada construção. Entre as barreiras para a expansão, cita tipo de solo onde será construída a linha, profundidade a ser escavada, preços de desapropriação e custos trabalhistas.
O Metrô diz também que a rede tradicional em São Paulo abrange sistemas de alta capacidade, para transportar 80 mil passageiros por hora, enquanto algumas linhas de Seul, por exemplo, são construídas para 40 mil por hora.
'RITMO ACELERADO'
A assessoria do Palácio dos Bandeirantes afirma que "o ritmo de construção do sistema nunca foi tão acelerado".
A assessoria do governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que CPTM e metrô são sistemas integrados e, juntos, ganharam 48 estações entre 1995 e 2014, mais do que a quantidade do metrô do Rio.
"Não há sistema de transporte sobre trilhos no Brasil que tenha avançado neste ritmo neste período", afirma.
Ela diz ainda que há pela primeira vez mais de 120 km de obras contratadas na Grande SP, sendo 105 km de metrô e 16,7 km da CPTM.
Argumenta que os atrasos ocorrem "porque existem questões que não dependem somente do governo do Estado", mas do Judiciário e de outras esferas de governo que influenciam em licenças ambientais, desapropriações, financiamentos, além da saúde financeira de construtoras.
Sobre a linha 5, diz que houve atrasos em 2011 após ação da Promotoria por suspeita de conluio de empresas. Afirma que "nada se comprovou" e que isso prejudicou as obras em dois anos. Na linha 4, cita problemas financeiros do consórcio. Nas linha 17 e 15, questões ambientais.