Mafioso italiano vai pedir para ficar no país
Segundo seu advogado, ele teme voltar à Itália
O italiano Pasquale Scotti, 56, acusado pelas autoridades italianas de pertencer à máfia napolitana Camorra, vai recorrer judicialmente para permanecer no Brasil.
Segundo seu advogado, Marcelo Bettamio, Scotti teme ser assassinado caso volte à Itália. "Ele tem muitos desafetos lá. Estavam tentando eliminá-lo, por isso ele teve que ir embora", afirma.
O governo italiano tem três meses para requisitar a extradição de Scotti para a Itália, onde, segundo a Interpol italiana, ele foi condenado à prisão perpétua e deverá cumprir a pena.
Scotti foi preso na semana passada pela Polícia Federal em operação conjunta com a Interpol da Itália. Ele vivia no Recife desde meados da década de 80 com o nome de Francisco de Castro Visconti. De acordo com Bettamio, tanto sua mulher brasileira quanto seus dois filhos, de 10 e 15 anos, não sabiam de seu vínculo com a máfia.
Segundo a PF, Scotti era procurado sob a acusação de envolvimento em 26 assassinatos, cometidos entre 1980 e 1983 durante uma disputa de clãs mafiosos rivais na região de Nápoles. O italiano nega envolvimento.
Na sexta (29), Scotti foi transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília.