Célia Aparecida Serroni de Oliva (1947-2015)
Diretora que criou escola modelo
A carreira de sucesso como professora e diretora de escolas levou Célia Aparecida Serroni de Oliva a aceitar um desafio: gerir um colégio público de Miracatu, a 138 km de São Paulo, pelo qual outros dirigentes não se interessaram.
Em sete anos, o colégio se tornou uma escola modelo, e Célia recebeu uma homenagem por seu último trabalho como diretora, que a obrigava a percorrer 40 km diariamente de carro, total de ida e volta entre sua casa e o colégio.
Amava a educação, segundo a família, que muitas vezes tinha de brigar com Célia para que não se dedicasse tanto ao ofício e pudesse relaxar.
Paulistana, passou boa parte da juventude em Itanhaém, no litoral sul de SP, por causa do pai, estatístico do IBGE lotado na cidade.
Quarta entre 11 filhos, passou a adolescência dividida entre os estudos, a criação dos irmãos mais novos, ajudando a mãe, e os desfiles cívicos como baliza, responsável por abrir o evento exibindo a habilidade no manejo do bastão.
Diz-se que seus cabelos loiros e os olhos azuis arrancaram suspiros de muitos que assistiam às apresentações, provavelmente o caso de José, com quem se casou no final dos anos 60. Não tiveram filhos, e o matrimônio terminou no final da década de 1970.
Graduou-se em pedagogia na Universidade de Mogi das Cruzes (SP). Desde então, lecionou em várias escolas, ajudando a implantar o Cefam (Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) de Itanhaém.
Há quatro anos, foi diagnosticada com câncer de mama. Morreu no dia 13, aos 68 anos. Deixa dez irmãos, sobrinhos e sobrinhos-netos.