Pará lidera casos de aparições em estatística oficial
As chances de flagrar um óvni no Brasil aumentam consideravelmente se o observador olhar o céu do Pará, entre 18h e 23h59, a olho nu.
É o que mostram estatísticas inéditas divulgadas pelo Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro) em agosto de 2014 e em fevereiro deste ano.
Os dados vão de 1954 a 2005 e somam 710 avistamentos, com detalhes sobre locais e horários com mais ocorrências, formatos mais citados e métodos de observação. Em 13 casos, há relatos de contato com seres extraterrestres.
As estatísticas integram uma pilha de documentos das Forças Armadas desclassificados, ou seja, tornados públicos, após pressão de ufólogos e pedidos via Lei de Acesso à Informação.
Para o ufólogo Ricardo Varela, há muito a ser revelado. "Ao menos sabemos que havia procedimentos de pesquisa científica quando militares se deparavam com óvnis."
Mais do que isso, o Brasil já teve um grupo oficial para apurar os casos, o Sioani (Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados), com oficiais da FAB, que funcionou de 1969 a 1972.
Em seu currículo pessoal, Varela aponta o caso de Aparecida, em 1995, como o mais impressionante. Moradores de uma serra relatavam a presença de um "fantasma" -uma bola de luz que surgia e abduziu algumas pessoas.
"Temos relatos de moradores que viram a luz, queimaram as córneas e o rosto. Um frentista, assustado, fugiu de lá", diz. De campana, ele avistou árvores queimadas apenas na copa e um objeto que obscurecia as estrelas. "Até hoje, às 18h, as pessoas trancam as portas e janelas."
Em nota, a Aeronáutica afirma que todos os relatos referentes a óvnis até dezembro de 2014 foram enviados ao Arquivo Nacional e que não dispõe de estatísticas referentes ao período posterior a 2005.