Outro Lado
Não houve abandono, afirmam polícia e secretário da Segurança
A assessoria do secretário José Mariano Beltrame (Segurança) disse que os carros não estão abandonados. Os assessores não comentaram, porém, a apuração do Ministério Público sobre o caso.
Na época, em que a Promotoria entrou com a ação, o secretário Beltrame negou irregularidade nos contratos.
O secretário alega que, antes, a manutenção de carros e motos era feita nos batalhões, o que significava a perda de policiais nas ruas.
Para Beltrame, a compra de veículos junto com o serviço de manutenção –chamada por ele de "nova prática"– era uma maneira de solucionar esse problema.
Ainda no ano passado, o secretário exaltou o contrato com a Júlio Simões, que permitia uma rápida reposição dos carros danificados.
E lembrava que, ao fim de 30 meses, toda a frota ficaria com o Estado. "Hoje há muito mais carros na patrulha de rua do que na lógica anterior (governo passado)", disse.
O secretário ainda destacou que o "custo/benefício não é só valor de compra".
"Na lógica antiga, de comprar e depois jogar fora, a PM mantinha um batalhão de funcionários apenas para fazer reparos. Isso foi motivo de chacota no passado, além de retirar policiais da atividade-fim", afirmou Beltrame.
A PM informou, em nota, que "os veículos não estão abandonados". "O governo do Estado e o comando da PM estudam a possibilidade de parcerias com as prefeituras para que os veículos sejam reutilizados", diz o texto.
Procurada, a Casa Civil, que também participou do contrato dos veículos, não se manifestou até a conclusão desta edição.