Sem contrato, programa corre risco de acabar
Apesar dos avanços na limpeza dos córregos, o contrato que garante o Programa Córrego Limpo já não existe desde novembro de 2012. A Prefeitura de São Paulo não renovou o contrato com a Sabesp para continuar a parceria.
De acordo com Marcel Sanches, gerente do Departamento de Planejamento da Sabesp, a falta de parceria com a gestão municipal coloca em risco os ganhos obtidos pelo programa.
"Sem o trabalho em conjunto, como era feito antes, os resultados ficam aquém do esperado. Existe uma frustração", afirma o dirigente. "Ocorre uma ausência de zeladoria", segundo Sanches, que é informada pela população que se engajou com a ação.
SOB ANÁLISE
Questionada, a administração do prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a renovação do contrato está sob análise. E negou que haja falta de zeladoria nos córregos paulistanos.
A prefeitura não mostrou o cronograma de limpeza dos 148 córregos que fazem parte do Córrego Limpo. Segundo a Sabesp, empresa do governo do Estado de SP, todos esses locais continuam sem esgoto correndo porque existe um monitoramento deles.
A própria Sabesp admite, porém, que o ritmo de investimentos no programa diminuiu nos últimos anos. A estatal afirma que fez o trabalho de saneamento dos 148 córregos até 2014. A manutenção e a retirada de entulho são de responsabilidade da prefeitura.
A área saneada pelo programa soma 202 km² e atinge 2,3 milhões de pessoas, mas representa apenas 13% do total da área da cidade de São Paulo.
Ainda há muito esgoto ilegal, inclusive lançado pela própria rede da Sabesp, correndo no Tietê.