Psiquiatra Içami Tiba morre aos 74 em SP
Autor de livros sobre educação e juventude estava internado no Hospital Sírio-Libanês
O psiquiatra e educador Içami Tiba morreu na tarde deste domingo (2) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele tinha 74 anos.
O médico estava internado desde o começo do ano para tratamento de um câncer.
Segundo o hospital, Tiba morreu por volta das 19h. Até as 23h, a causa da morte não havia sido divulgada.
"Ele foi um dos principais psiquiatras do país e do mundo. Sempre teve um ar de menino, sempre alegre", disse o amigo Reinaldo Polito, colunista do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha.
Filho de monge budista, Tiba nasceu em Tapiraí, no interior de São Paulo, em 1941.
Em junho de 2014, em entrevista a Antônio Abujamra, no programa "Provocações" da TV Cultura, foi questionado sobre a morte.
Na ocasião, Tiba disse que, apesar da consciência de que estava envelhecendo, não queria morrer. "Diante de tanta oportunidade que eu tenho de divulgar ideias e melhorar famílias, eu não quero morrer agora", afirmou.
Quando Abujamra perguntou de que forma Içami Tiba gostaria de morrer, o médico se lembrou da mulher e respondeu: "Feliz ao lado dela. Simples assim".
Com a mulher, Maria Natércia, teve três filhos –Luciana, André e Natércia.
CARREIRA
Içami Tiba escreveu mais de 40 livros sobre edução, que somaram mais de 4 milhões de cópias vendidas, entre eles o best-seller "Quem Ama, Educa!".
O médico foi eleito em pesquisa do Ibope Opinião, no ano passado, como o brasileiro mais admirado ou usado como referência na área de psicologia.
Formou-se em medicina na USP em 1968 e iniciou sua carreira no setor de psiquiatria do Hospital das Clínicas, onde foi professor assistente.
O enterro será realizado às 16h, nesta segunda-feira (3), no cemitério do Morumbi.