Fechamento gera reclamações de taxistas e lojistas
O fechamento da Paulista para carros não foi só alvo de festejos. Motoristas, taxistas e lojistas reclamaram do "anda e para" nas paralelas da avenida (por causa dos semáforos), alegaram falta de informações e criticaram as recentes ações da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
"Não concordo com o fechamento. Se não houver convivência entre o carro e a bicicleta, não tem como haver respeito mútuo", disse o advogado Leopoldo Zuaneti, 35, que passava pela alameda Santos.
O taxista Paulo Silva, 43, também reclamou. "Para nós, taxistas, isso aí é terrível. Mas o prefeito quer fazer essas ciclovias assim, de qualquer jeito, incitando a discórdia", disse.
Um lojista que se identificou apenas como Marcos, 53, diz ter sido pego de surpresa. Para ele, o fechamento não foi bem divulgado. "Um absurdo. Não se preocupam nem em avisar a população", afirmou.
Já a aposentada Dora Maimone, 80, só descobriu que a via estava interditada quando tentou pegar um ônibus. "Não sei o que fazer. Já que fecharam, deviam ao menos indicar as novas rotas dos ônibus."
No clube Homs e no hospital Santa Catarina havia esquema especial de acesso. O analista de sistemas Dênis Lima, 33, foi ao hospital levar o filho de quatro anos, com a garganta infeccionada. Ele diz ter sido hostilizado por pedestres e ciclistas quando passou de carro pelo trecho liberado.
Haddad se envolveu em um pequeno tumulto. Com "gritos e insultos", segundo a prefeitura, um casal tentou bloqueá-lo na ciclovia, mas logo foi afastado por ciclistas e seguranças.