Outro lado
Metas ainda podem ser revistas, diz MEC
Segundo ministério de Dilma, com melhoria da economia nos próximos anos, programas podem passar por ampliação
O Ministério da Educação afirmou que, diante da "realidade econômica do país", o governo federal "está fazendo a revisão das metas de seus programas".
O MEC ponderou que os objetivos fixados pelo Ministério do Planejamento foram definidos a partir de uma "expectativa de arrecadação". "Isso significa que ao longo dos próximos anos, com a melhoria do cenário econômico, elas podem ser revistas", afirma em nota.
O Ministério da Educação ressaltou ainda que a pasta "tem trabalhado para viabilizar as metas do PNE (Plano Nacional de Educação)".
"Mesmo em um ano de ajuste fiscal, o governo federal vai ofertar um total de 1,3 milhão de novas vagas pelo Pronatec. No ensino superior, o MEC garantiu mais de 900 mil novas oportunidades no último semestre de 2015 e pretende manter ritmo igual ou superior no ano que vem, por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies."
'CORTE MAIOR'
Nesta quinta (3), o ministro Renato Janine Ribeiro (Educação) disse que a previsão é de um "corte maior" na área em 2016. Neste ano, a pasta sofreu um ajuste de R$ 10,2 bilhões em seu orçamento original (R$ 103 bilhões).
Com isso, houve redução da verba para obras em universidades federais e construção de creches, entre outros.
"O que nós estamos tentando fazer é, em um ambiente de crise, procurar gestar o máximo de soluções efetivas e eficazes com pouco custo", disse o ministro, após palestra que abriu o segundo dia do seminário internacional "Caminho para a qualidade da educação pública: Gestão Escolar", promovido pelo Instituto Unibanco e correalizado pela Folha, em São Paulo.
Janine Ribeiro citou como exemplo a abertura de salas em escolas já em funcionamento para atender crianças de até três anos, em vez da construção de novas unidades de educação infantil.
"É um programa mais barato. Então, estamos procurando administrar uma situação de crise com inteligência e com foco no resultado que seja o aluno aprender."
A redução de verbas para a educação –num momento em que Dilma Rousseff (PT) elegeu o lema "Pátria Educadora" para o segundo mandato– vem gerando críticas.
Em greve desde maio, professores e técnicos administrativos de universidades federais têm como uma das reivindicações a reversão dos cortes já realizados no MEC.