Gilvan Wosiacki (1946-2015)
O professor que estudava maçãs
Mesmo aposentado, o professor Gilvan Wosiacki continuava a frequentar a Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. Eram jornadas de até 12 horas dedicadas aos alunos, às pesquisas e ao estudo das frutas.
Doutor em ciência de alimentos, sua principal linha de pesquisa era a maçã. Pesquisou propriedades, benefícios e até a clarificação do suco feito da fruta. Era também coordenador do GTM (Grupo Técnico de Maçãs).
Docente da UEPG desde 1981, era considerado um pioneiro na instituição. "Outros professores falam que tinha só uma batedeira no laboratório na época, e ele conseguiu encher o local de equipamentos", conta a mulher dele, Maria Etelvina.
Nascido na cidade de Porto União, em Santa Catarina, começou a carreira acadêmica na UEL (Universidade Estadual de Londrina), mas mudou-se para Ponta Grossa para ficar mais perto das filhas. Na época elas ainda eram pequenas e moravam com a mãe em Curitiba.
Com o tempo, foi efetivado na universidade, passou a morar com as filhas e conheceu Maria Etelvina, sua companheira até o fim. Foram 22 anos de união, apesar de só terem oficializado o casamento em 2009.
Nos momentos livres, Gilvan se dedicava à música, ao cinema e à leitura. Fã da soprano britânica Sarah Brightman, brincava com a mulher dizendo que a queria cantando em seu velório. Maria Etelvina respondia: "Então não esquece de deixar o cachê".
Morreu no dia 24, aos 69 anos, enquanto dormia. Deixa mulher, duas filhas, quatro netos e três irmãos.