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Novo policiamento na USP estreia com pouco trabalho durante recesso
Com pouca circulação de alunos, o modelo de polícia comunitária da PM estreou com pouco trabalho nesta quarta (9) no campus da USP, zona oeste de São Paulo.
O início da parceria entre a Polícia Militar e a universidade ocorre durante a Semana da Pátria (de 8 a 12 de setembro), na qual estudantes estão em recesso.
A implantação do programa, que seria discutido na universidade, foi antecipada após o estudante Alexandre Cardoso, 28, ter sido baleado em uma tentativa assalto próximo ao prédio da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).
Apesar da resistência de entidades estudantis, a ampliação da presença da PM era reivindicada por alunos e familiares diante da ocorrência de crimes como roubos e estupros no local.
Pela manhã, cerca de dez policiais faziam ronda pelo campus, segundo um PM. Além de uma base fixa com duas policiais, situada na portaria 3, próximo à favela São Remo e de uma base móvel com dois homens, equipes de moto e carro circulavam pela universidade.
Os policiais, que devem atuar junto com a Guarda Universitária, usavam um colete provisório –o oficial, com os símbolos da PM e da USP, não estão prontos.
SEM CONFRONTO
De acordo com integrantes da polícia comunitária, uma das principais instruções é evitar confrontos com alunos.
Em eventuais manifestações, por exemplo, a regra é que apenas tropas externas, como o Batalhão de Choque, atuem caso seja necessário. O objetivo, segundo a corporação, é preservar a confiança entre os PMs locais e os universitários.
Para o estudante de publicidade Gregor Pereira, 20, se essa proposta for mantida, o novo sistema pode funcionar.
"Se a ideia da PM representando a sociedade universitária for mantida e tivermos policiais jovens, negros, mulheres, já é um bom caminho. O que não queremos é que a repressão policial continue."
O estudante de pós-graduação Jairo Mendoza, 27, afirma que ficou mais tranquilo quando chegou à universidade e viu que havia uma base policial. "É difícil fazer com que os alunos se sintam seguros no campus, mas, se o policiamento aumentar, facilita."
Novos policiais estão passando pelo curso de policiamento comunitário para aumentar o contingente na universidade, que, segundo declarou o secretário da Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, deve passar de 34 para 42 em breve.