Ilustrada em cima da hora
Liderada por Lzzy, Halestorm recebe no 2º palco acolhida de 1º divisão
Banda americana de cantora e guitarrista com vozeirão faz público se acotovelar no Sunset
No retorno do festival, ontem, Lamb of God foi outro destaque, com um dos shows mais intensos e pesados
O recomeço do Rock in Rio 2015, na quinta (24), teve ótimas acolhidas para quem subiu ao palco. De nomes ainda desconhecidos do grande público, como Project 46, a veteranos como CPM 22. E houve uma consagração que surpreendeu.
A Halestorm, banda americana da cantora e guitarrista Lzzy Hale, fez uma apresentação com cara muito mais de palco Mundo, o principal do festival, do que do secundário palco Sunset, pequeno para o show.
O quarteto foi a segunda atração do dia. Às 15h15, as bandas paulistas de metal Project 46 e John Wayne dividiram o tempo em duas apresentações curtas. Fez todo o sentido, porque são os nomes de ponta de uma nova geração do metal brasileiro que canta em português.
Bem acelerados, com influência do rap nas letras críticas, aproveitaram usaram o festival como divulgação e aproveitaram a chance.
Quando o Halestorm abriu seu show, o público espalhado pela Cidade do Rock foi chegando perto, e o espaço diante do Sunset ficou intransitável. Colados no palco, os seguidores mais jovens, fãs de carteirinha que cantavam todas com Lzzy (pronuncia-se Lízi). Ao fundo, quem não conhecia a banda e ficou interessado.
Além de bonita, a americana de 30 anos tem um vozeirão, arranca boas frases da guitarra e sabe se comunicar com a plateia. As canções "Scream" e "Mz. Hyde" soaram como hinos roqueiros conhecidos por todos. O público pediu enlouquecidamente por um bis, que não é permitido em grandes festivais como o Rock in Rio.
Mas o bis viria –mais tarde, no palco Mundo, quando Lzzy fez uma participação no show do Hollywood Vampires (leia na página ao lado).
Na sequência do palco Sunset, outro grupo americano, o pesadíssimo Lamb of God. Na penúltima música de seu show, "Redneck", o vocalista Randy Blythe pediu à plateia que fizesse "a maior roda que o Rock in Rio já viu". E o público obedeceu, formando um imenso círculo de pogo na frente do palco, onde centenas de pessoas correram, pularam e empurraram uns aos outros.
Coroou um show dos mais intensos e pesados do Rock in Rio até agora.
Primeira atração do palco Mundo, o grupo paulistano CPM 22 foi ao palco para se aproveitar da memória afetiva de uma plateia com trintões que eram adolescentes quando a banda estourou, no início da década passada, com seu "emocore".
Na verdade, os integrantes do CPM 22 têm cara de boa gente e se entregam para valer em seu som, que agora chega datado aos ouvidos da plateia. Todo mundo simpatiza tanto com Badauí, Japinha e seus colegas que a consagração vem fácil.