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No sufoco e com atraso, Alckmin entrega ligação entre mananciais
Após cinco vazamentos que ameaçaram adiar sua inauguração, a obra que é a principal aposta para evitar um rodízio na Grande São Paulo foi entregue no final da tarde desta quarta (30) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A interligação levará água do cheio reservatório do Rio Grande (braço da represa Billings) ao crítico Alto Tietê, manancial no leste da Grande SP, por meio de 9 km de adutoras.
"Hoje, dia 30 de setembro ainda...", disse o governador no início de seu discurso, demonstrando alívio pela entrega da obra ainda neste mês.
Ao custo de R$ 130 milhões, essa interligação havia sido prometida pelo tucano para maio, passou para agosto e, em seguida, para setembro.
Após a inauguração, o governador não quis comentar os atrasos e disse apenas que algumas questões, como licenciamento da obra e a entrega de materiais, não dependem somente do governo.
Na entrevista, em Rio Grande da Serra, um vereador do PT local perguntou qual seria a contrapartida do governo ao município por causa da captação de água a partir de um reservatório na cidade.
Alckmin deixou o local da obra sem responder ao vereador, o que causou um pequeno tumulto entre o político e a equipe do tucano.
Inicialmente, a inauguração estava agendada para as 9h. No local, já havia aparato policial, panfletos, café e pão de queijo à espera do tucano.
No entanto, dois vazamentos que começaram de madrugada provocaram o adiamento do evento. Outros três vazamentos já haviam sido sanados no dia anterior.
Essa interligação passa a levar 4.000 litros de água por segundo às quase vazias represas do sistema Alto Tietê.
Parte dessa água será levada a porções das zonas norte e leste da capital originalmente atendidas pelo Cantareira, o maior sistema da Grande SP e em situação mais crítica.
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