Aécio admite que trabalhou para gabinete do pai no Rio
Ele diz que cuidava da agenda do deputado
O candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, admitiu em nota que foi contratado para trabalhar na Câmara dos Deputados, em Brasília, mesmo enquanto ainda morava no Rio de Janeiro, em 1980.
Na época, tinha 19 anos, e foi contratado pelo gabinete do pai, o deputado Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), que exercia o mandato por Minas Gerais.
Segundo o texto, o tucano cuidava da agenda do pai, que era do PDS (Partido Democrático Social). A sigla é sucessora da Arena, legenda de apoio à ditadura militar (1964-1985).
De acordo com a nota, não havia irregularidade no fato de Aécio estudar no Rio e trabalhar para o gabinete do pai, que era da bancada de Minas Gerais.
Os ocupantes de cargos na Câmara só passaram a ter de atuar em Brasília ou no Estado de representação do deputado só após "a edição do Ato da Mesa número 58, de 2010", diz o texto enviado pela assessoria.
A nota foi divulgada após a informação ganhar repercussão nas mídias sociais. Simpatizantes da campanha de Dilma Rousseff disseram que Aécio não tinha o que fazer no Rio à época, já que o pai representava Minas e seu gabinete era em Brasília.
"Sem ter o que propor para o futuro nem ter argumentos para explicar o fracasso de seu governo, [o PT] apela para uma campanha baseada em farsas e mentiras", rebate a nota divulgada pela campanha.
O texto afirma ainda que uma informação no site da Câmara, segundo a qual o presidenciável teria começado a trabalhar na Casa em 1977, está errada. A coligação pediu a correção.
A biografia de Aécio Neves publicada no site oficial do tucano omite o período em que ele trabalhou remotamente para o gabinete do pai.