Tucano flagrado com R$ 102 mil se demite
Colaborador do deputado Bruno Covas, Mário Welber deixa seu cargo na Cetesb
Flagrado durante a campanha eleitoral carregando R$ 102 mil em dinheiro, o suplente de vereador em São José do Rio Preto (SP) Mário Welber (PSDB) pediu demissão na quarta-feira (15) de cargo que ocupava na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
O colaborador do deputado estadual Bruno Covas (PSDB-SP), que foi eleito deputado federal neste ano, foi interceptado no final de setembro pela Polícia Federal em posse do dinheiro, de um envelope com 16 cheques e de um cartão da campanha eleitoral do neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas (PSDB).
O suplente alegou motivos particulares no pedido de demissão, que deve ser publicado na edição deste sábado (18) do "Diário Oficial" de São Paulo. Ele exercia desde janeiro de 2013 o cargo de Assessor Técnico I, com remuneração de R$ 9.546, em agência da Cetesb em São José do Rio Preto.
No final de julho, o tucano pediu afastamento não remunerado para atuar na campanha eleitoral. Ele retornou ao posto na última segunda-feira (13), mas pediu demissão dois dias depois.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem do dinheiro flagrado com o suplente no aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Covas alega que o deputado estadual "não tem qualquer envolvimento com dinheiro algum apreendido".
Segundo ela, os cheques flagrados são assinados pelo contador da candidatura do tucano e endereçados ao coordenador político de sua campanha eleitoral na região de São José do Rio Preto, Ulysses Terceiro.
"Os cheques se destinavam a pagamentos de prestadores de serviço, estavam contabilizados e dentro da prestação de contas", disse.