Eleições 2014
Candidato faz piada sobre salário de professor no RS
Sartori (PMDB) sugeriu que categoria procurasse 'piso' em loja de construção
Depois de rival eleitoral explorar episódio na internet, peemedebista recuou e pediu desculpas
O candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, fez uma piada sobre o pagamento do piso nacional dos professores e depois acabou pedindo desculpas aos educadores pela declaração.
Em entrevista ao portal Terra nesta segunda (20), o peemedebista falava sobre propostas para a educação quando disse: "O piso, eu vou lá na Tumelero [loja de material de construção] e eles te dão um piso melhor... Ali tem piso bom".
Horas depois, a declaração começou a ser divulgada nas redes sociais por militantes do candidato petista Tarso Genro, com quem Sartori disputa o segundo turno.
Ainda ontem, o sindicato Cpers (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul) repudiou a fala do candidato do PMDB em nota. Disse no comunicado que o tema "não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras" e que o episódio mostrou falta de respeito.
Diante da má repercussão, Sartori, também em nota, afirmou que o vídeo divulgado tirava a declaração do contexto. Mas pediu desculpas "por qualquer mal-estar causado" e disse que também já foi professor.
Ele afirmou ainda que está sendo vítima de um "vale-tudo" do PT.
O pagamento do piso nacional do magistério foi um dos principais assuntos do governo Tarso Genro.
A oposição e o sindicato criticaram o governador por não pagar a remuneração, apesar de ter assinado a lei que criou o piso na época em que foi ministro do então presidente Lula.
O piso nacional é R$ 1.697 por 40 horas. O governo Tarso afirma que nenhum professor recebe menos do que isso pworque o Estado paga um complemento para quem tem salário-base fixado abaixo do valor.
Mas o sindicato dos professores reclama que isso não representa o cumprimento da lei.
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça (22) mostra Sartori mantendo a liderança. Segundo o instituto, ele tem 53% das intenções de voto contra 37% de Tarso.