Denúncias não causarão crise, afirma petista
A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta segunda-feira (27) que as investigações sobre denúncias de corrupção na Petrobras não serão capazes de causar instabilidade política no país.
"Não acredito em instabilidade política por se prender e punir corruptos e corruptores. Acho que o país tem uma democracia forte. [...] Precisamos interromper essa sistemática de impunidade. Doa a quem doer. Que se faça justiça", disse Dilma, em entrevista ao vivo no "Jornal Nacional", da TV Globo.
A petista também afirmou que "não deixará pedra sobre pedra". "Não vou deixar aí divulgando seletivamente. O que leva à crise no Brasil são as ilações e insinuações", disse, em referência às reportagens publicadas sobre o caso.
Sem dar maiores detalhes, Dilma prometeu que irá escolher seu novo ministro da Fazenda até o final do ano.
Em entrevista concedida ao "Jornal da Record" também na noite desta segunda, Dilma disse não ter "o menor interesse em fazer essa discussão [de ministros] agora".
À Record, Dilma atribuiu sua derrota em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, ao fato de a crise de abastecimento de água não ter sido devidamente "iluminada" para a população.
"Até às vésperas do primeiro turno, ninguém tocava nesse assunto, com exceção dos candidatos de oposição [ao governador Geraldo Alckmin (PSDB)]. Se fosse com qualquer governo da situação, nós seríamos criticados diuturnamente", afirmou.
Questionada se estava acusando a imprensa por não esclarecer a crise, ela não foi assertiva. "Uma crise daquela proporção não se refletir numa campanha eleitoral, eu não compreendo", disse.