Programa federal é incerto no 2º semestre
O Fies, programa federal de crédito estudantil, ganhou novas regras que mudaram a vida de estudantes e a parceria entre governo e universidades.
Agora, só poderá tomar crédito que tiver ao menos 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), sem zerar a redação. Antes, não havia nota de corte.
O prazo para o cadastro também encurtou, de seis meses para três. O programa só dará atendimento pleno (100% dos postulantes a crédito) a cursos com nota máxima no CPC, índice de qualidade das graduações.
O reajuste de mensalidades nas escolas parceiras fica restrito a 6,4% (abaixo da inflação).
O governo diz que precisou mexer no programa para cortar gastos. Em 2014, o Fies custou R$ 13,7 bilhões, com 732 mil contratos de financiamento.
Segundo o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, os 252 mil contratos fechados no primeiro semestre, a metade da demanda, já consumiram toda a verba de R$ 2,5 bilhões do período.
O MEC diz ter "intenção" de abrir o crédito no segundo semestre, "mas não está garantido, já que isso depende de novo aporte financeiro".