Linhas de ensino
TRADICIONALISTA
Popularizou-se no século 18, na França, com o objetivo de tornar o acesso ao conhecimento universal. As informações são transmitidas pelos professores. Tem como cerne a disciplina e a uniformização do conteúdo. Hoje, dá grande importância para os processos de ingresso na universidade. As avaliações aferem a quantidade de informação absorvida pelo aluno.
- Salas de aula com carteiras e, normalmente, organizadas em fileiras
- Livros didáticos e apostilas padronizados
- Provas sazonais como meio de avaliação
-
SOCIOINTERACIONISTA
Proposto pelo bielorrusso Lev Vygotski (1896-1934), o sociointeracionismo afirma que a criança aprende pela interação com o outro e com seu contexto social. O professor é o mediador que estimula alunos a se relacionarem e se questionarem como forma de aprender. O currículo varia de acordo com o cotidiano.
- Salas de aula não convencionais e pouco numerosas
- Professores que atuam como mediadores das relações entre os alunos
- Alunos são estimulados a expor suas ideias publicamente
-
HUMANISTA
Derivada da teoria psicológica do norte-americano Carl Rogers (1902-1987), propõe um pacto de igualdade entre alunos e professores. No início de cada período letivo -sendo bimestre ou mês-, alunos e professores discutem juntos o conteúdo proposto e as metas de ensino. Alunos têm objetivos de aprendizado e poder de decisão.
- Liberdade total de conteúdo
- Aspectos intelectuais são tão importantes quanto conteúdo didático
- Atividades experimentais
-
MONTESSORIANA
A italiana Maria Montessori (1870-1952) acreditava na capacidade de o aluno se autoensinar por meio de atividades voltadas para o desenvolvimento do senso de responsabilidade. Enfatiza a concentração individual por meio da manipulação de objetos. O professor é um guia que remove obstáculos à aprendizagem.
- Alunos se sentam no chão, em círculos
- Espaços de aula são variados, sem assentos fixos, e oferecem objetos coloridos e diversificados para manipulação
- Materiais são compartilhados
-
DEMOCRÁTICA
As regras e a organização do cotidiano escolar são definidas em assembleias com estudantes, professores, funcionários e pais. Os alunos são ouvidos para decidir o que e como querem aprender. As aulas costumam ter projetos em grupos de pesquisa, o que visa estimular a vontade de aprender. Não há provas, mas autoavaliações individuais.
- Os alunos escolhem a que aulas querem assistir
- Não há provas
- Conteúdo é assimilado pelos alunos por meio de abordagens criativas e pouco convencionais
-
CONSTRUTIVISTA
Inspirado nos estudos do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), o construtivismo valoriza os estímulos do ambiente, o repertório do aluno e seus erros. Os alunos participam de atividades variadas e autônomas, como música e dramatizações. O conhecimento é adquirido gradativamente, por meio da formulação e da solução de hipóteses.
- Não há provas. O professor conceitua o aluno por meio da observação individual e em grupo
- Material didático mais flexível e próximo da realidade dos alunos
- Classes com poucos alunos
-
ANTROPOSÓFICA
Desenvolvida pelo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), preocupa-se com o desenvolvimento físico, social, emocional e intelectual do aluno. O conteúdo é adequado às necessidades de cada fase da vida. Proporciona atividades artísticas e manuais, como jardinagem e culinária. Os alunos são divididos por faixa etária (não há séries). Só no ensino médio há professores especialistas.
- Tendência de um mesmo professor por módulos de sete anos (de 0 a 7, de 8 a 14)
- Pouca rigidez com prazos e horários
- Não alfabetiza até os 7 anos