Saudades da Copa?
Duelo entre Barcelona e Real Madrid reúne alguns dos atletas que mais chamaram a atenção no Mundial, como Messi, James e Suárez
Messi, o melhor jogador da Copa, segundo a Fifa, estará em campo. O artilheiro, James Rodríguez, também. Assim como a maior decepção da competição, Cristiano Ronaldo, e o nome mais comentado por razões que vão além da bola, Luis Suárez.
Não é exagero dizer que o primeiro clássico da temporada entre Real Madrid e Barcelona, neste sábado (25), pelo Espanhol, vai reviver o Mundial jogado no Brasil.
Afinal, é possível que dos 22 jogadores titulares da partida no Santiago Bernabéu, apenas um, o lateral direito Dani Carvajal, do Real, não tenha disputado o torneio.
O time da capital ainda pode escalar Isco, meia esquecido pela seleção espanhola na Copa, na vaga de Bale, machucado. Já os catalães podem usar o zagueiro francês Mathieu, também ignorado.
Mas uma coisa é certa: os jogadores da Copa serão a grande maioria em campo.
Para acabar com a invencibilidade do Barcelona no Espanhol e reduzir a um ponto a diferença para o rival e líder, o Real aposta em dois dos melhores meias do Mundial.
O colombiano James Rodríguez foi o artilheiro, com seis gols, e a revelação do torneio. Já o alemão Toni Kroos, além de campeão mundial, terminou em primeiro no ranking de desempenho dos jogadores por meio de estatísticas.
Eles chegaram a Madri depois da Copa, impulsionados pelo destaque no Mundial, e custaram, juntos, o equivalente a R$ 385 milhões.
James e Kroos têm a missão de municiar Cristiano Ronaldo. O melhor jogador do mundo caiu na primeira fase com Portugal e marcou só uma vez na Copa. Mas demonstra estar bem recuperado do desempenho ruim.
Ele lidera com folga a artilharia do Espanhol, com 15 gols em sete jogos.
O Barcelona também buscou um protagonista do Mundial --ainda que o seu papel de destaque não tenha sido obtido exatamente pela habilidade dentro de campo.
O uruguaio Suárez, ex-Liverpool, disputa neste sábado sua primeira partida oficial após a suspensão de quatro meses recebida pela mordida no italiano Chiellini.
A utilização do atacante, que foi confirmada pelo técnico Luis Enrique, visa diminuir a dependência que o Barcelona tem atualmente da dupla formada por Neymar, quatro gols na Copa, e Messi, eleito o craque do torneio.
O brasileiro e o argentino participaram ativamente de 24 dos 28 gols catalães nesta temporada. Ou eles marcaram ou deram a assistência para o gol.
Messi, aliás, com 250 gols no Espanhol, está a apenas um de igualar o recorde de Zarra, o maior artilheiro da história da competição.