Equipes nanicas podem ganhar auxílio financeiro
F-1
Bastidores foram dominados no fim de semana por discussão sobre ações que garantam sobrevivência de times menores
Se na pista o GP dos EUA foi apenas outra corrida como a maioria das realizadas nesta temporada, nos bastidores da prova em Austin foi plantada a semente de iniciativas financeiras para ajudar a situação dos times nanicos.
Na esteira da crise financeira que fez com que Marussia e Caterham tivessem de ser colocadas sob administração judicial e não disputassem a etapa no Texas, discussões sobre o rumo da categoria e como torná-la mais viável para os times menores dominaram o final de semana.
Com os custos cada vez mais elevados do esporte e a impossibilidade de se chegar a um acordo para estabelecer um limite de gastos, a provável solução encontrada para tentar frear a crise na F-1 é a distribuição de um "valor base" para assegurar a sobrevivência das equipes menores.
"Acho que encontramos uma maneira de solucionar isso nos próximos dias, provavelmente antes da corrida no Brasil [neste domingo]", disse Gerard Lopez, chefe da Lotus, um dos times que, assim como Sauber e Force India, enfrenta dificuldades.
"Sei que a CVC [fundo que detém a maior parte das ações da F-1] e Bernie [Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria] estão planejando distribuir um valor base' para as equipes menores, que essencialmente vai ajudar a fechar as contas."
Durante o fim de semana nos EUA, que terminou com vitória de Lewis Hamilton, os times que não são bancados por grandes montadoras insistiram na tecla de que deve haver distribuição mais justa do dinheiro na categoria.
Atualmente, equipes tradicionais como a Ferrari, por exemplo, recebem cerca de US$ 160 milhões (aproximadamente R$ 400 milhões), enquanto a Marussia fica com somente U$ 10 milhões (cerca de R$ 25 milhões).