Medalhistas olímpicos mostram preocupação com futuro do esporte
Ex-jogadores da seleção e medalhistas olímpicos, Ana Moser e Maurício mostraram preocupação com o futuro do vôlei no país após o Banco do Brasil suspender o patrocínio à CBV devido a irregularidades na gestão de dinheiro público.
"É bem preocupante. Não é a única fonte de recursos da confederação, mas ela é bastante dependente desse patrocínio. Isso coloca em risco o vôlei. As consequências serão ruins para todos. Não só para os gestores, mas também para atletas e técnicos", disse Ana Moser, que ganhou bronze em Atlanta-1996.
Já Maurício, ouro em Barcelona-1992 e Atenas-2004, foi avisado pela reportagem da suspensão. O ex-levantador afirmou ser cedo para cravar o efeito do corte, mas já adiantou acreditar que "dificuldades vão existir".
"Quando se trabalha com apoio é mais fácil ter resultado. Somos hoje a potência que somos devido ao Banco do Brasil. Eles estão certíssimos ao querer fazer tudo com mais idoneidade", afirmou.
O levantador William Arjona, 35, do Cruzeiro, atual campeão brasileiro, e que teve passagem pela seleção, foi o único com opinião diferente. Para ele, a CBV encontrará rapidamente novo patrocinador caso o Banco do Brasil acabe de vez com os investimentos na modalidade.
"O vôlei é um dos esportes que mais dão medalha ao país. O que ocorre aqui é um reflexo do país. Nosso governo está tomado por denúncias de corrupção. O exemplo vem de cima."