Justiça leiloa o estádio do Guarani, que vai recorrer
SÉRIE A2
Palco do título do Brasileiro-1978 foi vendido por R$ 105 milhões
No que depender da Justiça do Trabalho, o Guarani tem cerca de um ano para desocupar o estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, palco de sua maior conquista, o Brasileiro de 1978.
O estádio foi arrematado pela empresa gaúcha Maxion Empreendimentos Imobiliários por R$ 105 milhões em leilão realizado na segunda-feira (30), conforme informou o jornal "O Estado de S. Paulo" na edição desta terça (31).
A companhia tem dez dias úteis para depositar 30% do valor à vista. Após o pagamento das doze parcelas mensais que completam o montante devido, o clube precisará desocupar o terreno.
O valor foi aceito pela juíza Ana Cláudia Torres Vianna, da 6ª Vara do Trabalho de Campinas. Mas o Guarani acredita que não terá problemas para anular o leilão.
Os advogados já solicitaram o embargo da decisão. O principal argumento é o valor executado, considerado muito baixo pelo clube.
O Guarani estima que o estádio e os demais prédios do terreno valham pelo menos quatro vezes mais.
Outro argumento é o fato de o montante cobrir apenas parte das dívidas trabalhistas do Guarani. O clube entende que a venda do estádio por esse valor o deixará de mãos atadas para se reerguer e pagar o resto dos débitos.
A decisão não altera em nada a rotina da equipe, que disputa a Série A2 do Paulista.
Com 22 pontos em 13 rodadas, o time alviverde está em oitavo no torneio. No último domingo (29), após a derrota por 2 a 0 para o Rio Branco, em Americana, o técnico Marcelo Veiga foi demitido.
Para o seu lugar, foi contratado Ademir Fonseca, que estava no CRB-AL.
O Guarani assegura que o atual grupo de profissionais e funcionários está com os salários em dia.